Balão trágico
Domingo, Fantástico, reportagem daquelas especiais.
Numa mesa, quatro ou cinco cidadãos da chamada terceira idade. Próximo a um deles, uma bandeira da ostentação de um símbolo representando um balão, com frase de apoio do tipo (tradução livre): “Clube dos baloeiros. Contra a discriminação da classe”.
Tinha na mesa um ex-policial, um coronel, um brigadeiro, etc. Todos reformados e/ou aposentados.
A repórter, indo direto ao que interessa, indaga: “Vocês soltam balões?”. Aquela hesitação que só os vovôs-bom-exemplo são capazes de transmitir, e a resposta: “Soltamos sim. Claro”.
De novo a repórter, dando aquela dedada no reumatismo dos presentes: “Mesmo sabendo que é ilegal?”.
Sem a menor cerimônia, um deles arrota isso: “Para nós não é ilegal... A lei é que é”...
Sob a falácia de se tratar de uma expressão cultural, coloca-se fogo em floresta, desfigura-se uma mãe e cria-se acidentes aéreos.
Por favor, que o próximo balão solto, seja com vocês amarrados.


